quarta-feira, 6 de junho de 2007

Andrómeda


fizeste de mim
escudo e noite
palavra assassina
poeta a virar a esquina
grilhão e archote
luz imersa
praia deserta
foste o centro e o fim de tudo
e no universo
eu fui a Andrómeda dos desejos
retirada instantânea
retrato e negação
novo capitel em cada praça
o teu peito não era a condenação
marcha e parada
luzes
silêncio

pedaços de ar
o sol é outro quando ressurges

e porquê as palavras?
porquê o toque
a esperança
o pórtico
o convite
o pranto
o amor
e
porquê o mundo?

3 comentários:

Anónimo disse...

Porquê... Porquê... Para quê procurar respostas, se quando as encontramos... vem a vida e troca as perguntas! (Ouvi isto por aí e concordo plenamente).
Posso comentar só a foto? Excelente escolha.
Ultrapassa o possível. Divina.

Menina Marota disse...

Dou-te a minha mão
Prendes os meus dedos nos teus
E nesse entrelaçar que nos liberta
Uma dança fazemos.

Sentes este tango, que te percorre os dedos?
Entrego-te a minha boca
Nos teus lábios amordaças os meus
E nesse beijo que nos incendeia
Uma sombra abatemos.

Porque sinto o Sol a percorrer-me o corpo, sem medos?
A ti me dou, em forma de palavras
Para que nos teus sentires, despertes os meus
E nessa paixão que nos enlaça
Um poema satisfazemos.

Um poema...

Este poema mágico, que sentimos dentro de nós
As tuas palavras, com que saboreias a minha alma...



;))

Anónimo disse...

Muito bom